terça-feira, 27 de setembro de 2005

Na Ribeira, a União Faz a Força

NA RIBEIRA, A UNIÃO FAZ A FORÇA

No passado dia 27, foram apresentados publicamente os candidatos à Assembleia de Freguesia, que concorrem pelo grupo de cidadãos independentes “UNIÃO PELA RIBEIRA” – UniR - II, sob o lema a “União faz a força”.
A cerimónia, contou com a presença de apoiantes e vários representantes das forças políticas que, acreditando na capacidade, carácter, competência, transparência e vontade deste grupo de homens e mulheres, abdicaram da apresentação de listas próprias, reforçando desse modo o espírito de união de que a Ribeira necessita para conseguir projectar-se no futuro, como uma terra moderna, oferecendo à sua gente condições de vida e de bem estar dignas de uma terra desenvolvida, onde as pessoas se orgulhem de viver. Muitos duvidaram, mas está a acontecer uma verdadeira e enorme lição de democracia.
No seu discurso de apresentação, o engº Sérgio Araújo, cabeça de lista, referiu algumas das linhas orientadoras das políticas a levar a cabo pelo novo executivo da junta de freguesia, bem como das motivações que o levaram a aceitar este novo desafio. Tanto para si, como para os restantes membros da lista reveste-se de um carácter especial, pois representa uma resposta e uma exigência premente da freguesia.
Assim, a “UNIÃO PELA RIBEIRA”, pretende, acima de tudo criar uma nova dinâmica e um relacionamento diferente entre as várias forças vivas da freguesia, apoiando e motivando a sua acção para que desenvolvam o papel e as actividades para que foram criadas.
Como exemplos, apontou algumas parcerias que vai procurar desenvolver, nomeadamente: Com o Agrupamento de Escuteiros – Definir, marcar e dinamizar trilhos; com a Fábrica da Igreja – Reordenar o adro da igreja; com a Confraria do Sr da Cruz de Pedra - Colocação, no largo, de água, caixotes do lixo e de novos equipamentos de utilização colectiva; com a ADERIR – Actividades desportivas e culturais; com a Associação de Pais – Garantir um bom funcionamento dos transportes escolares e da cantina; com o Clube de Caçadores – Construção de espaços de recreio e de lazer; Por outro lado, disse ser urgente garantir a reedição da Turquia.
Noutras vertentes apontou as grandes necessidades objecto e motivo de preocupação. Exemplificou: Os caminhos, 30 anos depois do 25 de Abril, continuam a ser uma prioridade. Muitos são demasiado estreitos, não estão pavimentados ou estão em avançado estado de degradação, não permitem o acesso a uma ambulância ou aos veículos de combate a incêndios, como de entre muitos outros: a estrada velha em Talhareses, as ligações Espindelo – Cancela, Agro – Cancela, Souto – Gemieira, Souto – Castanheira, Alfanados – Arca, os acessos ao bairro dos Carreiros, à Seixosa e ao rio, o caminho de Fujacos, os caminhos agrícolas. Noutras áreas as carências mantém-se ao nível dos regadios tradicionais, do abastecimento de água e do saneamento básico, da beneficiação dos fontanários públicos. A obra do cemitério não foi concluída. Continuam a faltar o estacionamento, as casas de banho e a beneficiação da parte antiga. A segurança rodoviária não está acautelada ao longo da estrada nacional e da de Paradela. Na primeira, a construção de uma rotunda no actual cruzamento da ponte de Crasto e a colocação de dispositivos limitadores de velocidade, na segunda, o alargamento (onde possível) são medidas necessárias que serão propostas às entidades competentes.
No final, o candidato a presidente de junta da “UNIÃO PELA RIBEIRA”, considerou que o mandato do actual executivo se pode classificar como medíocre, porque apesar de tentar vender a imagem de que foi uma junta que fez muita obra, está apenas e de modo injusto a apoderar-se de trabalho alheio. Apontou como exemplos: O Centro Escolar que é da responsabilidade total da Câmara, sendo a decisão e o início dos estudos e projectos anteriores à actual junta; a construção do campo de relva sintética na veiga de Crasto e da Ecovia ao longo do Rio Lima não tem qualquer participação da junta; o arranjo do Largo da Cruz de Pedra em Crasto, é da responsabilidade da Confraria do Senhor da Cruz de Pedra com o apoio da Câmara Municipal.
Depois disto, pouco mais resta !
O alargamento do cemitério fortemente financiado pela câmara; o “Campo de Futebol“ nas cucas constitui um desperdício financeiro pela sua localização e pelos investimentos que faltam realizar: o acesso, o enorme muro de suporte de terras do lado Norte, o abastecimento de água e energia eléctrica e os balneários; os fontanários públicos, abandonados, ou com obras apressadas; a limpeza dos caminhos, feita nesta altura apenas para angariar votos, ou ainda algumas obras de favor e algumas lâmpadas públicas colocadas em propriedade privada.
Por tudo isto conclui, que na Ribeira é necessário mudar !

Domingos Morais
In Jornal “Cardeal Saraiva” de 02/09/2005

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