ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE 26/09/2009
Mandato 2005-2009 - Reflexões
“Sentir a Ribeira, à nossa maneira”
O dia de hoje está destinado à reflexão. É assim que a lei eleitoral o define. Mas, também nós queremos que ele seja de reflexão, principalmente por ser esta a última Assembleia de Freguesia do mandato 2005-2009. Também, muitos de nós, não terão responsabilidades perante os eleitores no mandato que se seguirá.
Desse exercício de memória concluímos, que esta Assembleia, eleita de forma universal e directa, pautou o seu funcionamento por comportamentos atávicos, que em nada dignificaram a maioria que a suportava politicamente.
Não esquecemos o atraso sistemático na recepção das convocatórias e respectivos documentos, os quais nunca cumpriram os prazos e esta reunião não foi excepção.
As razões para esse comportamento nunca se compreenderam e as explicações dadas não foram convincentes.
Os princípios de funcionamento deste órgão foram frequentemente subvertidos. Em vez de ser a assembleia a fiscalizar a actividade da Junta de freguesia, assistimos ao contrário, tantas foram as vezes, em que aquela deu indicações à mesa sobre o modo como tratar e conduzir certos assuntos.
Os signatários, membros de pleno direito da assembleia de freguesia e eleitos em igualdade de circunstâncias, produziram ao longo do mandato um extenso conjunto de propostas, sugestões, recomendações e intervenções que mereceram independentemente da sua apreciação uma permanente rejeição, tal como pode ser constatado nas actas e respectivos anexos. Em suma, dois membros apenas, produziram muito mais trabalho que todos os outros e como não deverá haver memória ao nível da Assembleia de Freguesia da Ribeira.
O papel do único órgão, onde todos estão representados, com direito a expressar as suas opiniões, foi sendo progressivamente esvaziado, limitando-se a legitimar a arrogância de um executivo que se caracterizou pelo princípio do “Quero, Posso e Mando”.
Não é assim que vemos a política, onde se deve estar para servir e não o contrário. Não concordamos com estes métodos, e disso demos conta em devida altura. É nossa convicção, de que é possível fazer melhor, pensando de modo diferente.
Para isso, basta ter a humildade e a capacidade para conviver com quem pensa diferente, mas comunga do mesmo desejo – O melhor para a Ribeira.
A diferença, em democracia, deve constituir uma mais-valia para que a decisão seja a mais acertada e o fruto dela colha um apoio muito mais alargado no seio da comunidade.
Mas é também, o momento de fazer uma reflexão sobre o trabalho do executivo ao longo deste mandato.
“Em equipa que ganha não se mexe” - Foi com este princípio que a actual maioria se apresentou aos eleitores e deles recebeu o apoio para o mandato que está a chegar ao fim.
Foram chavões, como: Esperança, Persistência, Reivindicação, Diálogo, Dedicação, Determinação, Energia…Competência, que mereceram o seu apoio.
Passados estes anos no poder, o que vemos? Perdeu-se a esperança. Não se viu capacidade reivindicativa. Esqueceu-se o diálogo. Foi pouca a dedicação. Perdeu-se energia. Não vimos grande trabalho. Não se deu pela experiência, enfim, assistimos à Ribeira governada à vossa maneira!
Mas, agora houve mexidas na equipa que procura renovar a maioria; Isso não é mais do que o reconhecimento, de que a equipa não está a ganhar! E a Ribeira essa só tem perdido.
Esperemos que no futuro, vença a Ribeira.
Os membros eleitos,
Ribeira, 26 de Setembro de 2009
Sérgio Augusto Esteves de Araújo
António Domingos da Costa Morais
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