sexta-feira, 29 de setembro de 2006

Assembleia de Freguesia – Acta nº 3/2006

Aos vinte e nove dias do mês de Setembro de dois mil e seis, pelas vinte e uma horas, reuniu ordinariamente, com a presença de todos os seus membros, com excepção do senhor Sérgio Augusto Esteves de Araújo, a Assembleia de freguesia de Ribeira, no edifício da sede da Junta, ao abrigo da alínea a) do artigo 19º da Lei 169/99 de 18/09, com as alterações introduzidas pela Lei 5-A/2002 de 11/01, com a seguinte ordem de trabalhos:
Período de Antes da Ordem do Dia:
a) Apreciação e aprovação da acta da sessão anterior.
b) Outros assuntos de interesse.
2 Período da Ordem do Dia:
a) Balanço da actividade da junta, referente aos meses de Julho a Setembro de dois mil e seis.
3 Período de intervenção do público.
Depois de aberta a sessão pelo presidente, e em relação à alínea a), do período de antes da ordem do dia, apreciação e aprovação da acta da sessão anterior, o senhor Domingos Morais disse que, numa intervenção do senhor Adelino Silva (Secretário da Junta), onde se refere que a Associação de Pais fez uma proposta para a junta lhe dar 400€ mensais para a colocação de uma Animadora no Centro Educativo, o correcto é apenas 400€. A isto o senhor Adelino Silva contrapôs que, de facto, mencionara 400€ mensais, sendo esta a ideia com que ficou no resultado de uma reunião realizada na escola.
O senhor Domingos Morais ressalvou ainda que tinha perguntado se a Junta estava sujeita a IVA apenas para os serviços de cantina e transporte que presta no Centro Educativo da Ribeira.
Depois de feita a ressalva anteriormente referida, procedeu-se à votação da acta, sendo a mesma aprovada com sete votos a favor, dos membros do Partido Socialista, e um contra, do senhor Domingos Morais, que apresentou uma declaração de voto vencido (anexo 1).
Passando à alínea seguinte,”outros assuntos de interesse”, inscreveram-se para intervir os senhores Domingos Morais e Ângelo Cruz e a dona Amélia Sousa.
A dona Amélia Sousa disse que os pais dos alunos da Gemieira alegam que o Centro Educativo da Ribeira não tem luz suficiente e que a Cantina é fria e sem aquecimento. Deste modo, sugeriu à junta que proporcionasse a esses pais e familiares visitas à escola. Alertou para o problema da água que corre no caminho de insuela e para a necessidade de um sinal de proibição de estacionamento junto ao ecoponto em talharezes, uma vez que os automóveis que habitualmente aí estacionam impossibilitam as pessoas de depositarem convenientemente o lixo nos contentores.
O senhor Ângelo Cruz preveniu a junta para a necessidade de colocar outro contentor do lixo na Cancela, pois o que lá existe não é suficiente para as necessidades.
O senhor Domingos Morais referiu que continua reparar o candeeiro destruído no Largo da Cruz de Pedra; que, apesar de já ter alertado, o caminho que liga a Via Foral D. Teresa com a rua A.D. “Os Limianos “ continua intransitável, devido ao mato existente, e que o caminho que liga a rua do Arrabalde com a estrada da Veiga (caminho do Quilhumbeiro), apesar de limpo pela Câmara Municipal, necessitaria de uma limpeza à vegetação existente ao longo dos muros. Por último, referiu que o Cemitério também necessitava de uma limpeza, mas que acreditava que essa seria feita brevemente, uma vez que se aproximava o primeiro de Novembro. Referiu, ainda, que as actas estão melhor elaboradas se comparadas com as do inicio do mandato.
Em resposta à dona Amélia sousa, o senhor presidente da junta disse que se poderiam promover essas visitas ao Centro Educativo, mas que todos os encarregados de educação tinham sido convocados para uma reunião antes do início das aulas, e que no fim dessa reunião a directora tinha convidado todos os presentes para visitarem o Centro Educativo. Ainda sobre os pais dos alunos da Gemieira, referiu que a grande maioria não tinha comparecido na reunião de 19-09-2006, daí talvez o não conhecimento das condições deste estabelecimento de ensino. Acrescentou que, por diversas vezes, aquando de actividades lá desenvolvidas, foram proporcionadas visitas ao Centro educativo, que é considerado, pelas entidades competentes, como a escola tipo do concelho, e para alguns é mesmo a escola tipo do distrito.
Sobre a água na estrada de Insuela, referiu que a junta tem feito várias diligências para a água ser retirada e que ainda no anterior mandato alertaram o proprietário. O caso estava a ser tratado e a junta tentará evitar a via judicial. Acrescentou que o problema é maior com o frio, pela formação de gelo, do que propriamente com a chuva.
Em relação ao ecoponto em Talharezes, disse que a junta ponderará sobre a colocação de um sinal de proibição de estacionamento, embora pense que aquele local ainda é a margem da estrada nacional e daí que a autarquia se ache impossibilitada de o fazer por essa competência ser atribuída à “Estradas de Portugal”, ou então de um convite a respeitar o acesso aos contentores.
Respondendo ao senhor Ângelo Cruz, o senhor presidente da junta referiu que já estava a ser estudado, em conjunto com os serviços da câmara municipal, um reforço de contentores do lixo para vários locais da freguesia e que a Cancela seria um desses locais.
Em resposta ao senhor Domingos Morais, o senhor presidente da junta referiu que a reparação do candeeiro partido no Largo da Cruz de Pedra competia à EDP. Contudo, a possibilidade da colocação de um novo será ponderada. Informou, também, que todas as juntas de freguesia receberam indicações da Câmara Municipal no sentido de racionalizar o consumo de energia com a luz pública.
Sobre a limpeza no caminho por trás do campo do cruzeiro, referiu que a situação não é simples, uma vez que durante muitos anos (já em Arca) a via esteve impedida devido à queda de uma casa, e que, para alem da limpeza, é necessária também a sua recuperação, principalmente de um muro de suporte, que acarretaria elevados custos, acrescentando que a junta tem pedido apoio à Câmara Municipal para este caso.
Quanto ao caminho do Quilhumbeiro, informou que a junta irá informar a câmara da situação, para que esta notifique os proprietários dos muros.
Por último, sobre a limpeza do Cemitério, informou que ela era feita periodicamente, devendo ser gerida de acordo o pessoal existente ao serviço da junta, e que em Julho tinha sido feita limpeza, mas que para breve será realizado um novo asseio do local.
Passando ao segundo ponto da ordem de trabalhos, mais concretamente à sua alínea a) Balanço da Actividade da Junta, referente aos meses de Julho a Setembro de 2006 (anexo 2)
Inscreveu-se para intervir o senhor Domingos Morais que leu e entregou à mesa um documento (anexo3) no qual tecia algumas considerações sobre a actividade da junta, e que perguntou se a limpeza da Ècovia tinha sido a expensas da junta ou da câmara Municipal a pedido da junta.
Sobre a limpeza de vias, o senhor presidente da junta disse que tinha sido feita uma limpeza geral por toda a freguesia, estradas municipais e Ècovia, em tempo devido e oportuno (em Julho, no período de verão, para se poder ter uma manutenção mais prolongada, pois a junta não tem pessoal jornaleiro). Concretamente sobre a Ècovia, esclareceu que a limpeza foi feita pela junta ao abrigo de um protocolo com a Câmara Municipal, mas que ainda não foi recebida a verba acordada.
Ainda em resposta ao senhor Domingos Morais, mais concretamente às considerações e questões suscitados no documento apresentado (anexo3), o senhor presidente da junta informou que a limpeza das Cucas foi efectuada em simultâneo coma limpeza da Ècovia para minimizar os custos.
Sobre a escola referiu que a reunião de abertura do ano lectivo foi muito bem dinamizada pela coordenadora do CAE, tendo o presidente da junta, com a mesma dinâmica, efectuado a sua intervenção sobre os aspectos relativos à escola, no que diz respeito às regras de funcionamento da cantina e dos transportes.
Sobre as alegadas taxas praticadas pela junta nos serviços que presta no Centro Educativo, esclareceu que não se tratava de taxas, mas sim tarifas, e que estas não precisariam de qualquer aprovação da Assembleia, acrescentando que os valores das referidas tarifas tinham sido apurados e discutidos com as entidades competentes antes de terem sido apresentadas na reunião da escola, nomeadamente com o agrupamento e com o município de ponte de Lima e que nesses encontros se colocaram as condições para se administrar a cantina.
Quanto à questão do passeio dos idosos relembrou que a realização do mesmo foi anunciada com dois meses de antecedência, daí que houvesse tempo suficiente para que as pessoas se inscrevessem.
Domingos Morais ainda retorquiu que não estava a discutir o preço mas sim que, na sua opinião, tarifa e taxa são a mesma coisa pelo que a Assembleia de freguesia deveria ter uma palavra a dizer sobre o assunto.
Relativamente ao terceiro e último ponto da ordem de trabalhos – Período de intervenção do público, não se registaram quaisquer inscrições.
Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a sessão, da qual se lavrou a presente acta que, depois de lida e aprovada, vai ser assinada nos termos da lei.

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PERÍODO DA ORDEM DO DIA - Balanço da Actividade da Junta (Anexo 3)

Relativamente à actividade da Junta, desenvolvida durante este trimestre, podemos concluir que se manteve tudo como antes, ou seja, praticamente nada!
O Plano de Actividades apresentado no início do ano continua na gaveta, sem que se realize qualquer das obras propostas.
Além disso, é dito que foi solicitado à Câmara Municipal para que seja alcatroado o caminho das traseiras da escola. Então, onde está a dinâmica e a iniciativa da Junta de Freguesia?
Meus Caros Senhores, se a Junta não tem capacidade nem iniciativa para executar aquela obra, não adianta ter ilusões…
Mas, apesar de tudo, pudemos assistir à representação da freguesia no cortejo das Feiras Novas e gostaria aqui de salientar o empenho esforçado do presidente e secretário demonstrado ao longo de todo o percurso.
Verificou-se no entanto, alguma preocupação na limpeza de certos locais, lamentavelmente só mereceram a atenção da Junta, aqueles que estavam mais expostos devido à realização de certos eventos, como é o caso do largo da Cruz de Pedra, Caminho de Sta Catarina, Ermida, Cucas…
No que diz respeito ao Ambiente e Saúde Pública, até agora nada, continuando os contentores do lixo e certos Ecopontos existentes ao longo da freguesia a dar a real imagem desta Junta.
No entanto, esta Junta parece estar obcecada, pela elaboração de Regulamentos e Taxas.
Em Abril, aprovamos o regulamento de taxas em vigor e agora a Junta dá-nos conhecimento de que em Agosto, deliberou as tarifas e o regulamento dos serviços escolares a aplicar no Centro Educativo, documentos esses que entraram já em vigor e cujo conteúdo foi apresentado com a arrogância e autoridade achada necessária para a cerimónia.
Senhores membros da Junta, a Ribeira não é uma feitoria, onde as pessoas tenham a obrigação de obedecer aos caprichos do feitor, sujeitando-se ao pagamento de taxas que os senhores impõem de uma forma caprichosa e arbitrária.
Uma das competências desta Assembleia é aprovar os regulamentos e taxas a vigorar na Freguesia e como tal a Junta, terá de sujeitar esses documentos à apreciação da mesma.
Outro reparo, para a falta de informação que se verifica em relação às iniciativas, tais como o passeio dos idosos ou as comemorações do Dia da Freguesia. Nada custa informar os membros da assembleia, para que delas não tenham conhecimento depois de passadas.
Em resumo, em democracia, respeitar o direito à diferença de opiniões, é um acto de inteligência e de maturidade política.

Ribeira, 29 de Setembro de 2006
Os Membros Independentes UNIR II

Mensagem - Erros na elaboração das actas

----- Original Message -----
From: Sérgio A. E. Araújo
To: Assembleia de Freguesia de Ribeira
Sent: Friday, September 29, 2006 7:45 PM
Subject: Assembleia de Freguesia

Exmo. Sr.
Presidente da Assembleia de Freguesia de Ribeira

Serve a presente mensagem para comunicar e justificar a V. Ex.ª a minha impossibilidade de participar na assembleia de freguesia de hoje, já que terei de participar numa acção de formação que se realiza em Braga.
Aproveito a oportunidade para lhe solicitar maior rigor e atenção na elaboração das actas. A situação já não é nova já que repetidamente se verificam erros grosseiros. Como sabe Sr. presidente é à mesa que compete elaborar as actas com rigor e isenção tal como está legalmente estipulado e a si, compete especialmente garanti-lo.
Deverá ser revisto o seguinte e mencionado na acta de hoje da qual este documento deverá constar como anexo:
Parágrafo que se inicia após a ordem de trabalhos: O que é que tem a ver a informação do Sr. Adelino Silva sobre a ausência do Presidente da Junta com a minha solicitação relativa ao envio das convocatórias. Não seria melhor lerem bem o que escrevem antes de o publicar. Parece-me que o melhor será garantir para o futuro documentos fidedignos e bem redigidos de modo a que possam ser elogiados e evitar que possa acontecer o contrário;
Sobre a intenção e o sentido de voto que finalmente começou a aparecer (sempre vale a pena levantar as questões) continua sem que seja feita alusão clara e personalizada sobre a votação relativa ao voto de protesto por nós apresentado relativo ao fecho das urgências. Será que propositadamente não a referem por se sentirem (os membros eleitos pelo PS) envergonhados pela forma como votaram ?
Relativamente à moção de censura é completamente falso que a associação de Pais tenha proposto a atribuição de um subsídio mensal de 400 €. Solicitou isso sim a atribuição de apenas 400 €. Certamente poderão fazer as contas e verão a diferença;
Não questionamos sobre a obrigatoriedade da Junta estar sujeita a IVA, mas sim se os serviços prestados no Centro Educativo da Ribeira (alimentação e transportes) estão sujeitos a IVA;
Relativamente à referência do Sr. Adelino Silva onde afirma que nas sessões da Assembleia de Freguesia se está sempre a falar da escola é bom referir-se que deveria ter sido V. Ex.ª a promover debate e informação sobre a Carta Educativa concelhia o que lamentavelmente passou ao lado desta Assembleia; Que outros assuntos mais importantes do que a educação das crianças de hoje, homens de amanhã haverá para debater numa assembleia como esta ? Não foi o Sr. Presidente da Junta que optou pela ausência na última assembleia para ter uma intervenção sobre educação e concretamente sobre o Centro Educativo da Ribeira na Assembleia Municipal ? Não deveria a política de preços a praticar no Centro Educativo da Ribeira ter sido motivo de debate ao nível desta assembleia ? A V. Ex.ª compete agendar e elaborar a ordem de trabalhos das assembleias, por isso é a si que compete promover estes debates. Mas, na Assembleia de Freguesia da Ribeira, pratica-se exactamente o oposto. Quando o Sr. Secretário da Junta profere uma afirmação como a que ficou registada e o Sr. Presidente da Assembleia concorda, para que servirá uma Assembleia de Freguesia ?
Por estes aspectos de relevante importância se prova a necessidade de garantir o cumprimento das competências que aos membros da mesa e ao seu presidente em particular estão atribuídas. Não deveria ser necessário repetir o apelo e solicitação. É o mínimo que podemos exigir e se nem disto são capazes...

Com os melhores cumprimentos,
Sérgio Araújo

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