Que poder negocial?

É conhecida a composição da lista candidata pelo Partido Socialista às próximas autárquicas de 11 de Outubro.

O actual presidente Aníbal Amorim optou por abandonar a liderança e passar para a subalternidade, dando o lugar ao seu nº 2 Adelino Silva.

Ora, sem entrar nesta altura noutros aspectos há alguns factos incontornáveis a tomar em consideração:

• O Sr Adelino Silva é funcionário do Município de Ponte de Lima;
• Candidata-se pelo PS;
• Ninguém considera provável que o PS vença as eleições para a Câmara de Ponte de Lima;
• Se o PS vencer as eleições na Ribeira o Sr Adelino Silva será oposição na Assembleia Municipal de Ponte de Lima e ao executivo Municipal que por sua vez será também a sua entidade patronal.
• Na hora de decidir e votar irá ter coragem para ser fiel ao partido pelo qual foi eleito e votar contra as decisões e propostas do executivo CDS?
• Irá trair o seu partido por falta dessa coragem defendendo-se a si próprio?
• Existindo pontos de discórdia haverá a coragem e a determinação política suficientes para assumir essa ruptura de posições?
• Que poder negocial terá um eleito por um partido da oposição, o PS, e funcionário de um munícípio cujo executivo foi eleito pelo CDS?

Obviamente que a situação para o candidato não é a melhor e se o interesse da freguesia fosse o objectivo teriam optado por outra via. Mas, como o pensamento dominante é que, independentemente do trabalho realizado ou da qualidade do candidato o PS vence na Ribeira, qualquer solução é boa desde que satisfaça os interesses pessoais dos candidatos. Pelos mesmos motivos entendem não ser necessário apresentar trabalho feito.

Uma vez mais, basta recordar o que foi o desempenho desta Junta de Freguesia e que está aos olhos de todos.

No entanto, o grau de exigência e as expectativas dos eleitores da Ribeira tem sido tão baixas que tem vindo a apostar em mais do mesmo. Desta vez será assim?

A ver vamos.... a decisão está na mão de cada um de nós.