terça-feira, 27 de setembro de 2005

Os favores

Os Portugueses, conquistaram a democracia graças à vontade de um punhado de militares que tiveram a coragem de realizar o 25 de Abril de 1974.
Desde essa data, Portugal instituiu um sistema político em que a soberania pertence ao povo.
Daí a existência de eleições, com eleitores - aqueles que tem o direito de escolher e eleitos - aqueles que foram preferidos ou escolhidos.
Aos primeiros, cabe a tarefa e a responsabilidade de eleger os que melhores condições lhes oferecem para que a sua vontade e os seus anseios sejam satisfeitos, por outro lado, os eleitos devem desempenhar as funções para que foram escolhidos, procurando cumprir os princípios fundamentais do sistema democrático.
Quando eleitos em listas apresentadas por partidos políticos como o partido socialista, as responsabilidades aumentam, porque devem cumprir os ideais dessa corrente doutrinária, tais como a Igualdade e a Solidariedade.
Na Ribeira, é chocante ver as pessoas ignorar todos os princípios e as mais elementares regras do sistema democrático, deitando mão de métodos usados no tempo “da outra senhora “, tais como a intoxicação, a desinformação, o boato em surdina, a intriga, chegando mesmo ao insulto para esconder os favores e as nomeações, tanto dos amigos, como das esposas dos membros da lista e assembleia, alem dos trabalhos mandados executar pela junta aos membros da assembleia de freguesia, passando pelas obras de favor, como são exemplo algumas entradas particulares com recurso a tubos em aço “abandonados“ em local público ou privado ?
Contudo, é certo que a junta de freguesia não adquire por prescrição automática tudo o que ficar abandonado na via pública.
A Ribeira, precisa de uma junta com ideias, com vontade de servir, que permita a todos as mesmas oportunidades, que sejam considerados ao mesmo nível, apoiantes ou não.
A Ribeira , mais do que nunca tem de estar unida para que os seus representantes consigam canalizar para a freguesia as obras e os financiamentos de que a mesma precisa.
Mas a união, não se consegue com divisões entre “Cristãos e Mouros“.
Já chega de divisões e separatismo, a freguesia precisa de todos os recursos e todos somos poucos para conseguir o que ainda precisamos e são muitas as carências da nossa freguesia.
Desde o alargamento da rede viária, da rede de saneamento básico, bem como da expansão da rede de distribuição de água, da segurança ao longo da E.N.203, com a colocação de passadeira para peões junto ao centro escolar, passando pelo centro de dia, pela recuperação dos regadios tradicionais e caminhos agrícolas, pela parceria com as forças vivas da freguesia apoiando-as como deve ser e não ao faz de conta, bem como prestando um verdadeiro apoio aos mais carenciados, seguindo a velha máxima de “fazer o bem sem olhar a quem“.
São problemas e carências que devem preocupar os membros da nova junta de freguesia.
Não importa o lado de onde vem as pessoas, o mais importante é a Ribeira e a sua gente e é com este espírito de união, com essa determinação, que os candidatos independentes se apresentam aos eleitores, sem qualquer preconceitos e com o respeito que todos merecem e com a vontade firme de fazer mais e melhor pela nossa terra.
Ser socialista, é ser solidário, é acima de tudo permitir que todos tenham as mesmas oportunidades, sejam considerados ao mesmo nível, tanto os apoiantes, como os outros.
Na Ribeira, o que temos visto nos últimos anos, tem sido a negação do socialismo.
Domingos Morais

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